domingo, março 14, 2010

sábado, março 13, 2010

Desabafo de quem tudo teve e nada tem


Ás vezes tenho vontade de cortar os pulsos, esvairar-me em sangue e acabar com o sofrimento mas tou agarrada a este mundo que tanto me maltrata, a este mundo que não me compreende e nada faz por me compreender.
731 anos duma profunda mágua, desespero, frustação... viver vezes sem conta as mesmas situações, tentar mudar e não conseguir...
Nem a coragem de um acto de suicidio me pode salvar... nada me pode salvar...
A imortalidade é um castigo demasiado severo para quem já teve o mundo a seus pés e não soube aproveitar... é uma prisão que nos consome por dentro e apodrece a nossa alma.

quinta-feira, março 11, 2010

Meu Anjo


Onde estás tu meu anjo? Por que ruas escuras e sombrias vagueias tu? Nem sabes a falta que me fazes.

Porque me abandonaste???
Sinto falta da tua voz suave e confortante que murmurava ao meu ouvido e coração, e me aquecia a alma. A mesma voz que estava sempre presente nos bons e maus momentos, que me ajudava sem nunca julgar os meus actos.
Eras o meu suporte nos dias complicados, a minha companhia na solidão, o refúgio dos meus problemas.
Eras parte de mim e agora desapareceste tal e qual uma onda que passa e deixa o seu beijo molhado na areia quente de uma praia distante jamais visitada.

Costumava pensar que eras fruto da minha imaginação, um grito de liberdade de uma consciência à muito aprisionada neste corpo simples e banal que passa despercebido na imensidão da multidão por onde passa.

Nunca te dei o devido valor. Preferia fingir que não existias do que admitir que tinha alguém que apenas eu conseguia ouvir e entender. Tantas vezes pensei e desejei que da mesma forma que subtilmente entraste na minha vida, desaparecesses.

Mas com o tempo fui-me habituando à tua presença e agora que te foste embora não sei como continuar a viver esta vida sem sentido.

Todos os dias me pergunto a razão do meu viver, principalmente agora que estou de novo abandonada aos desígnios obscuros que perturbam a minha mente.

Não vivo, sobrevivo à dura existência material…

Volta para mim meu anjo!